Dois olhares se procuram no tumulto, e num relance se encontram.
Comunicam-se. Entendem-se. Dispensam palavras e se deleitam no fato de se
pertencerem. De terem esquecido o que é solidão desde o primeiro instante em
que um ao outro fizeram brilhar. Que conseguem se encontrar como for, onde for. Que sorte a minha, afinal, por um deles ser o
meu.
É muito bonito quando se acha alguém pelo qual tudo, absolutamente tudo,
vale a pena. Alguém que preenche o seu coração a ponto de lhe transbordar.
Alguém que lhe deixa em euforia e, ao mesmo tempo, tem a capacidade de, com um
só afago, acalmar-lhe. Alguém que você faz questão de incluir em tudo e
apresentar a todos. Alguém que parece que sempre
esteve ao seu lado. Alguém com quem se quer compartilhar a vida inteira. Alguém
que lhe inspire. Alguém que lhe encoraje. Alguém que lhe aconselhe. Alguém que
lhe ouça, sempre. Alguém capaz de congelar o tempo num só gesto. Alguém que
lhe faça ver o quanto o mundo é grande. Alguém que lhe leve para vê-lo consigo.
Alguém pelo qual se sinta um amor quase tangível. Alguém que sinta o mesmo, e
não esconda isso.
Esse é para você. Mais um para você. Todo o amor pintado nas minhas
palavras não poderia ser mais bonito senão para você. Quanto a mim, cá tenho um
abraço dengoso esperando você se chegar de mansinho com o meu riso preferido. O
riso de sempre. O riso mais bonito do mundo inteiro.
Paula Braga.