Um sorriso se desenha em meu rosto
à sua presença. O quão feliz eu posso ser vivenciando coisas tão simples, porém
tão significativas? A resposta correta é ‘infinitamente’, posto que tal
presença tem feito os pequenos gestos tornarem minha rotina, outrora maçante,
um tanto quanto repleta de singelas e discretas felicidades.
Sim, tenho sido mais feliz do que
é socialmente verbalizável. Uma felicidade daquelas contidas, mas imensas, que
se realiza em forma de bilhetes, abraços, brincadeiras. Aquela rotina que
muitos têm, mas nem todos enxergam o valor. Digo porque vivi com essa visão
embaçada, até que fui apresentada à linha tênue entre o puramente banal e o
maravilhosamente cotidiano. E essa linha mostrou-se a mim na forma de uma
pessoa.
Alguém que personificou muito do
que eu nunca sentira.
Deixe-me ser mais clara, com o
perdão do sentimentalismo: vale a pena abrir mão do desejável conforto
subconsciente e aturar a si mesmo por horas a fio, tendo ao alcance da visão
periférica aquele olhar cúmplice. Vale a pena encarar os desafios diários de
quem está precisando crescer ‘na marra’, tendo aquele ombro amigo pronto pra te
apoiar. Vale a pena enfrentar a si mesmo, em todo o seu inferno particular,
sabendo que alguém ama e zela pelo que há de bom escondido. E, sobretudo, vale
a pena doar-se a quem faz tanta coisa valer a pena.
Em suma, algo naquela
personalidade, inexplicavelmente, prendeu-me em seu entorno. Destino? Sorte a minha
ele estar a meu favor. O que posso afirmar com toda a certeza, diante de tudo
que já foi dito e vivido, é que tenho sentido coisas boas demais para cogitar
um final.
Paula Braga.
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