domingo, 14 de abril de 2013

Síndrome da Página (não mais) Em Branco


Esquecera eu a magia do verso, antes de ti
Que descartou meus rascunhos mentais
Transformou meu lirismo irreal
Fez voz no silêncio da minha alma.

Eu, que enxergava poesia em cada esquina
Perdera o olhar para a monotonia
Trocara Sparks por Brown
Desaprendera a romancear.

Mas a sorte me trouxe a sua doçura nata
Que transbordou pelas minhas linhas
Quando não pelo meu riso
Tal como lua cheia em céu estrelado.

Sim, as noites ficaram mais claras
Fazendo possível voltar a versejar
Em letras e gestos, palavras e abraços
Em cada sentimento que ouso bordar.

Disseram-me que, quando é realmente amor,
Ele pulsa por quem nos desperta o melhor
Veja você, o que fez a uma alma perdida:
Trouxe-a de volta ao lar.

Nem sei mais se isso é poesia
Mas fi-la para te guardar sempre comigo.

Paula Braga.

Um comentário:

  1. "Mas a sorte me trouxe a sua doçura nata
    Que transbordou pelas minhas linhas
    Quando não pelo meu riso
    Tal como lua cheia em céu estrelado."

    Incrível!

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