segunda-feira, 25 de julho de 2011

Fragmentos

O fato é que nos acostumamos a sofrer por “amor”. É aceitável que algumas memórias nos venham à mente involuntariamente, mas viciar-se ou não em viver do passado, desculpe-me a sinceridade, é uma escolha.
Eu escolhi seguir adiante.
Depois de remoer incontáveis vezes sobre os motivos de tal injustiça e dolorosa separação, coloquei a cabeça no presente e me vi num tempo bem melhor. Parecíamos “perfeitos” juntos, e somente a dois, mas hoje eu encontro pedaços de perfeição em diversos detalhes que conquistei, veja que irônico, quando fui deixada pela metade.
Se antes o seu sorriso bastava para a minha felicidade, hoje eu encontro satisfação em incontáveis e amados risos, os quais eu tenho a certeza de que sempre estarão ali para iluminar meu dia.
Em suma, um coração estilhaçado usa cada pedaço para multiplicar amor. Aprendi que um sentimento exclusivista é ilusão, e que é bem mais satisfatório distribuir carinho do que canalizá-lo a uma só pessoa.
Eu tenho um coração em pedaços, sim. Ainda. E o meu maior orgulho é amar intensamente com cada fragmento dele.

Paula Braga.

2 comentários: